O transtorno de conduta é caracterizado por um padrão persistente de agressividade e comportamento antissociais, rompendo regras básicas do convívio social, que incomodam e perturbam, além do envolvimento em atividades perigosas e até mesmo ilegais.
E o transtorno de maior prevalência na infância e adolescência, sendo mais comum em meninos que em meninas, e um dos maiores motivos de encaminhamento para atendimento psiquiátrico.
Os indivíduos portadores não aparentam sofrimento psíquico ou constrangimento com as próprias atitudes e não se importam em ferir o sentimento de outras pessoas ou desrespeitar seus sentimentos. Deste modo, o comportamento tem mais impacto nos outros do que nele mesmos.
Este transtorno apresenta comportamento antissocial, caracterizado por perseguir, atormentar,ameaçar ou intimidar os outros e iniciar lutas corporais. Podem usar armas que causam ferimentos graves (pau, pedra, caco de vidro, faca e arma de fogo) e tendem a ser cruéis com as pessoas ou animais, ferindo-os fisicamente, Frequentemente roubam ou assaltam invadindo casas, prédios ou carros, confrontando as vítimas, ou a até mesmo, as submetendo a atividades sexuais forçadas. Ás vezes iniciam incêndios com a intenção com intenção de provocar sérios danos e destroem propriedade alheia deliberadamente.
Repetidamente mentem e enganam para obter ganhos materiais, favores ou para fugir de obrigações, Antes dos 13 anos, apesar das proibições dos pais ou responsáveis,passam a noite fora e antes dos 15 anos fogem de casa por longos períodos, mesmo morando com os pais. Faltam na escola, sem motivo, com início antes dos 15 anos de idade. Deste modo, trazem limitações importantes do ponto de vista acadêmico, social e funcional.
Sabe-se que o Transtorno de Conduta é resultante de diversos fatores ambientais e genéticos, e é dividido em duas denominações de grupo: o de “início precoce- curso persistente”, que apresenta comportamento agressivo desafiador e opositor antes dos 8 anos de idade. Tem característica do transtorno opositor desafiador, em que cerca da metade mantém os sintomas até idade adulta. Na idade escolar apresenta déficits de linguagem, leitura e cognitivo, chegando à idade adulta com poucos amigos,
desconfiados, vitimizados e frios emocionalmente.
E o grupo “limitado à adolescência” que inicia na puberdade com comportamento menos agressivos, impulsivos e violentos e cessam o comportamento antissocial a idade adulta, sendo o grupo mais comum.
O comportamento antissocial com o decorrer do tempo pode se tornar mais estável e menos modificável, assim crianças e adolescentes com o transtorno de conduta devem ser identificados e tratados o mais cedo possível, com uma boa avaliação psiquiátrica para se beneficiar de intervenções terapêuticas e ações preventivas no âmbito familiar e escolar.