A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento médico biológico e não farmacológico, ou seja, sem o uso de remédios, utilizado principalmente em casos graves de depressão e transtorno depressivo maior (TDM), quando outras intervenções não foram eficazes.

Durante uma sessão típica de ECT, o paciente é anestesiado e recebe um relaxante muscular para evitar convulsões violentas. Em seguida, uma corrente elétrica baixa e controlada é aplicada, induzindo uma convulsão terapêutica de curta duração.

Acredita-se que a ECT atue na normalização da atividade elétrica no cérebro, especialmente em áreas associadas às emoções e ao humor,  demonstrando eficácia em aliviar sintomas graves de depressão em alguns pacientes.

O tratamento geralmente consiste em  média de 12 sessões realizadas durante um mês, sendo três sessões por semana.  Os efeitos colaterais comuns incluem confusão e perda de memória, especialmente para eventos recentes. No entanto, esses efeitos costumam ser temporários, e muitos pacientes relatam melhora significativa em seu estado de ânimo após o tratamento. A ECT é realizada em ambiente hospitalar e é administrada por uma equipe especializada de profissionais de saúde.

O tratamento é indicado também para mulheres grávidas, devido à restrições de alguns medicamentos durante a gestação e também em idosos, pois estes geralmente já fazem uso de medicamentos para outros fins que podem gerar interação medicamentosa. Pode ser indicado também para adolescentes.